sábado, 14 de setembro de 2019

AS EMOÇÕES DA PRIMEIRA BIENAL

Existem momentos que são únicos. Aqueles em que a emoção toma conta da vida de gente, e a gente não sabe se ri ou se chora. Foi assim a minha primeira Bienal como autor. Os estandes, super produzidos, cheios de criativas atrações, deixavam o imenso público maravilhado. Enormes bonecos, esculturas feitas de livros, gigantescas telas de vídeo, cenários deslumbrantes, bate-papos inteligentes, tudo para deixar qualquer ser humano, leitor ou escritor, completamente encantado com o universo da leitura. A Bienal é muito mais do que livros! É um espaço onde o saber e a diversão interagem de maneira perfeita para o deleite do visitante. É um programa imperdível! E eu estava ali, no meio daquele mundo de conhecimento e livros sem fim, sentado na minha cadeira, distribuindo autógrafos e sorrisos. A felicidade era enorme em respirar todo aquele ar cultural e sentir o interesse das pessoas sobre as minhas obras. Vendi poucos livros, é verdade. Mas, isso não importa: a festa foi de todos e para todos que lá estiveram. Em cada esquina, uma surpresa. Em cada pavilhão, incontáveis atrações que só nos deixavam com vontade de morar ali naquele espaço, mesmo que fosse só por algumas horas. Do ponto de vista comercial, a concorrência é forte: estava ali para promover o meu mais recente lançamento, “Ria De Tudo Isso!”, um livro recheado de histórias divertidas e muito bom humor, que está à venda por R$ 38,00 – o que considero um ótimo preço. Só que a Bienal estava repleta de ofertas de livros por R$ 10,00 e R$ 5,00. A minha irmã, inclusive, conseguiu comprar um livro que custou apenas R$ 3,00 e ainda vinha com um CD! Claro que essas ofertas baratinhas, não eram um lançamento, algo inédito como a minha obra, mas, nesses tempos de crise, todo mundo procura mesmo é economizar. Essa questão de resultado de vendas não me chateou nem um pouco, porque sucesso mesmo é viver momentos que não têm preço, como os que eu vivi. Uma garotinha super tímida, linda, por volta dos seus oito aninhos, chegou bem pertinho de mim e me mostrou um pequeno caderno de anotações. Ela não disse nada. Eu folheei o caderno e percebi que haviam dedicatórias de outros autores e, com certeza, ela queria que ali eu escrevesse alguma mensagem. Caprichei! Escrevi algo falando de alegria e bom humor (temática do meu livro) e ela ficou tão comovida que me deu um inesperado beijo no rosto. São momentos assim que fazem a alegria de qualquer escritor. Eu fiquei maravilhado pensando em quanto a Bienal e os livros podem fazer de bem pra essa e outras tantas garotinhas. São meninas e meninos que estão crescendo em meio a livros, percebendo a importância e a alegria do conhecimento em suas vidas. Fiquei feliz de estar ali, no meu cantinho, dando a minha contribuição. Você que é mãe, pai, tio, tia, avô, avó, estimule as suas crianças a lerem cada vez mais, principalmente nesses tempos de celular e muitos joguinhos eletrônicos. Ler é viajar nas palavras. Estimula a imaginação e o raciocínio. Uma criança curiosa por conhecimento, certamente se tornará um adulto mais feliz, porque através dos livros, assimilamos os mais nobres valores e de uma maneira super gostosa. Na verdade, eu me senti como uma criança nessa minha primeira Bienal. Que a alegria junto aos livros permaneça pra sempre na minha vida! E na sua também!

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