domingo, 30 de julho de 2017
domingo, 23 de julho de 2017
PARECE MENTIRA
Existem mentiras que são clássicas. Fazem parte da história de todo mundo. A primeira que ouvimos é a da cegonha. Aquela ave de bico grande que traz o bebê numa fralda e, assim, teríamos chegado ao mundo. A cegonha sabe direitinho a quem entregar o bebê e nunca erra o endereço, para deixar o nosso papai e a nossa mamãe felizes da vida. Outra grande mentira na qual todo mundo acreditou foi a do Papai Noel. Quem não sabe que o Bom Velhinho não se esquece de ninguém? Gorduchinho, roupa vermelha, barba branca, gorro e um grande saco cheio de presentes. Ele sempre chega na noite de Natal, todo ano, num trenó cheio de renas. O fascínio do Papai Noel sobre as crianças é tanto, que elas ficam super ansiosas pela chegada dele na noite do dia 24 e fazem muitas cartinhas, com os mais variados pedidos. A maioria pede brinquedo mas, hoje em dia, há quem peça smartphone, tablet, games e toda essa invencionice tecnológica que faz a cabeça de meninos e meninas. Existe ainda outra mentira difícil de acreditar, mas todo mundo caiu: o coelhinho da Páscoa. Ele sempre aparece por volta do mês de abril e traz muitos ovinhos de chocolate. É claro que as crianças tinham que ficar loucas por ele. E se pintam de coelhinhos e coelhinhas nas escolas, se fartam de chocolate e fazem desenhos super engraçados misturando a mamãe, o papai, os coelhinhos e os irresistíveis ovinhos. A coitada da galinha, que bota ovo de verdade, nem é lembrada. Crescendo com tanta mentira à nossa volta, como alguém poderia pedir para que falássemos sempre a verdade? Mentimos a idade, dizemos que gostamos de um presente quando na verdade não gostamos, falamos que alguém está com a aparência ótima quando na verdade achamos essa pessoa horrível, dizemos que vamos para um lugar mas na verdade vamos para outro, inventamos histórias, fingimos que estamos prestando atenção numa conversa, falamos que conhecemos ou, então, não conhecemos determinada pessoa, dizemos que ganhamos mais do que o nosso verdadeiro salário, inventamos desculpas para não aparecer num compromisso. Isso são mentiras pequenas, até certo ponto, perdoáveis. Duro é quando envolvemos o sentimento de alguém. Fazemos o outro sofrer, para que a dor não caia sobre nós. Traições. Entre amantes, amigos, sócios, parentes. Vícios. Que nos levam a acreditar que bebendo demais, fumando demais, jogando demais, fazendo sexo demais, se drogando demais, a nossa vida será melhor, mais cheia de satisfação e alegria. O vício, nada mais é, do que uma grande mentira. Planos mesquinhos para derrubar alguém sempre envolvem alguma mentira. Calúnia, difamação. Tipo da coisa que a política está cheia. Aliás, será que existe algum político que não minta? Acho difícil, pra não dizer, impossível. Já faz parte da vida deles, assim como o ar que respiram. Mentirosos desprezíveis. Enganam a população, fazem falsas promessas e roubam rios de dinheiro. Há ainda outro tipo de mentira que causa muitos danos: é o mentir pra si mesmo. Casar com quem não se ama, abraçar uma profissão que não curte, viver em função dos outros, abrindo mão dos seus próprios sonhos e desejos. Isso acaba com a vida de qualquer um. Frustração, angústia, arrependimento. Por isso, respeite sempre a sua essência, o seu espírito, o quê te faz brilhar. E, no mundo de tanta mentira, se você encontrar um amor verdadeiro, agarre-o. Não o deixe escapar. Só mesmo um sentimento maior, sublime, abençoado, para nos fazer acreditar que é possível ser feliz nesse mundo de enganos. Parece mentira, mas todo mundo mente. Que a luz do Senhor nos traga a Verdade.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
ENVELHECER
domingo, 16 de julho de 2017
OS BEIJOS
quinta-feira, 13 de julho de 2017
O ABRAÇO
Não existe nada mais gostoso do que um abraço. Ele pode ser emocionado, demorado, apertado, carinhoso, desajeitado, rápido, inesperado. Ou então, aconchegante, reconciliador, tímido, forte, cordial, inesquecível. Ou ainda, exagerado, reconfortante, caloroso, atrevido, sincero, intenso, eufórico, grande, envolvente, romântico. Não importa. O abraço é a entrega total de duas pessoas que se gostam, que se querem bem. Aproveite o dia de hoje e abrace seu amor. Abrace um amigo. Abrace uma causa. Abrace uma criança. Abrace a fé. Abrace um sonho. Abrace um necessitado. Abrace seu animal de estimação. Abrace a vida. Abrace o mundo. Abraçar é se entregar de corpo inteiro a alguém ou se colocar completamente a serviço de uma ideia, sempre em favor da paz. Todo abraço é bem-vindo. Não tem hora, nem local pra acontecer. É um gesto de carinho, que une pessoas dos mais variados tipos: idosos e crianças, negros e brancos, católicos e protestantes, heavy metals e sertanejos, gays e heteros, africanos e asiáticos, gente e animais. O abraço é livre, é grátis, não discrimina nada, nem ninguém, e faz um bem enorme a quem o dá e a quem o recebe. É um gesto de amor entendido no mundo inteiro. Abraçar alguém é sentir o calor do outro juntinho a você, a respiração bem próxima, colada à sua, num momento de grande satisfação e alegria, que faz bem para o corpo e para a alma. Um abraço libera uma substância química chamada oxitocina, também conhecida como hormônio do bem-estar, aumentando a felicidade geral da pessoa. O abraço também libera dopamina, o hormônio que aumenta o desejo sexual, tornando o momento a dois mais divertido e relaxante. O abraço ainda reduz a pressão arterial e o estresse, reduzindo o risco de doenças cardíacas e de ansiedade. Abraçar é ótimo também por causa do apego emocional, e fortalece bastante a ligação da mãe com o bebê. O abraço é ainda uma forma de comunicação, que ajuda as pessoas a se sentirem amadas e compreendidas, e serve para tornar mais gostoso o relacionamento de um casal ou de amigos. Abrace, abrace, abrace. Não economize as suas demonstrações de afeto. Aliás, existem vários tipos de abraço: de frente um para o outro, de lado, por trás, com três ou mais pessoas. Invente o seu tipo e demonstre todo o calor humano que há em você. Quanto mais amor você colocar no mundo, mais gratificante será a sua vida. Acho muito bacana esse movimento Free Hugs (Abraços Grátis) em que pessoas ficam com uma placa, em algum local movimentado, prontas para abraçar desconhecidos. É como alguém estivesse te dizendo: eu não te conheço, mas eu te quero bem. Abrir os braços para alguém é abrir o coração para o amor. E o nosso mundo tão violento, tão desigual, tão caótico, precisa muito de gestos assim. Faça a sua parte. Distribua paz e alegria a cada novo dia. Aliás, você já abraçou alguém hoje?
domingo, 9 de julho de 2017
O MAESTRO
Ele sabia que tinha em suas mãos uma grande missão. Sob o comando da sua batuta, os escolhidos para trabalharem com o maestro sabiam que teriam de fazer sacrifícios em nome do bem maior, uma apresentação perfeita, onde o sublime se encontra com o sagrado. Sim, a música eleva o espírito e é uma forma de se encontrar com Deus, costumava repetir para todos. Cada músico dava o melhor de si, em busca da perfeição. Ensaios extenuantes. Horas e horas atrás do melhor acorde, o tom mais harmonioso, a nota ideal, o ritmo correto. Muitos pensaram em desistir. Mas, o maestro, cheio de talento e sabedoria, dava atenção especial a cada um, motivando-os como ninguém mais saberia fazê-lo, despertando a fé no coração de cada músico, falando sobre a importância daquela missão, o compromisso que eles tinham com o público, a mensagem de paz e amor que deveriam passar, valorizando as habilidades individuais para o melhor desempenho da orquestra. E, assim, apesar de exaustos, quase no limite de seus esforços, os músicos descobriram uma força extraordinária, como se realmente sentissem a presença de Deus sobre aquele palco de ensaios, percebendo agora a grandeza da missão que tinham pela frente. Pianistas, flautistas, saxofonistas, harpistas, trompetistas, violoncelistas, contrabaixistas, clarinetistas, trombonetistas, violinistas, baixistas, sopranos e tenores, estavam todos concentrados num só objetivo: a apresentação. Nada poderia dar errado. Só que faltando quinze dias para a apresentação, o maestro sofreu um acidente de carro. Chegou a ser dado como morto, mas voltou a respirar. Os músicos ficaram desolados. Ele lhes disse para que confiassem em Deus porque o Senhor nunca desampara quem O segue. Assim, logo que voltou para o quarto do hospital, pediu para estudar a sua Bíblia, que era como ele chamava carinhosamente a sua partitura. Pediu para que os músicos continuassem a ensaiar e assim foi feito. Havia chegado o dia da apresentação. A expectativa era enorme para saber se o maestro iria aparecer ou não. Ele foi. E, numa cadeira de rodas, viu sua orquestra brilhar e ser aplaudidíssima, mas sob o comando de um outro profissional. Não importa. Ele estava se sentindo incrivelmente feliz, porque havia cumprido a sua missão. O maestro foi chamado ao palco e foi ovacionado por todo o teatro. Naquele momento, ele ouviu uma voz interior lhe dizendo: - Levante-se! Você consegue! Assim o fez. Quando ele ficou de pé, o teatro veio abaixo! Coisas inexplicáveis acontecem quando se tem fé. Existem muitos maestros passando por nossa vida. Devemos aprender com eles, a música que mais agrada a Deus. Porque estamos juntos no mesmo palco, cada um com suas habilidades, dando o melhor de si para que o espetáculo da vida seja sempre sublime. Esses sim, entenderam o enorme significado da pequena palavra fé e agora recebem todos os aplausos, por obra e graça do nosso Criador. Viva o maestro!
quarta-feira, 5 de julho de 2017
SAUDADE
Dizem que nessa vida tudo passa. Mas algumas coisas ficam para sempre em nosso coração. A saudade é o passado que se faz presente. Aparece numa foto, numa carta, num cartão, numa lembrança. E nos enche de emoções, ligadas a imagens, cheiros, pessoas, lugares, coisas que se foram ou se transformaram com o tempo. Quem não tem a sua própria história para recordar? A saudade resgata o que já foi vivido, nos faz sermos ainda mais gratos pela vida, por já termos passado momentos realmente inesquecíveis. Ter saudade é rever o quê de bom já aconteceu conosco. É sempre um instante especial, numa mistura de tristeza e gratidão, dependendo da forma com que você se apega ao passado. É importante saber que ninguém pode voltar no tempo, e não adianta nada ficar se lamentando por uma época que não acontecerá mais. Eu, por exemplo, sinto saudade da minha infância, de brincar na rua com meus primos, das festas de Natal aqui em casa esperando ansioso para ver os presentes que o Papai Noel havia deixado, das férias com a minha família, dos piqueniques que fazíamos na grama, dos lugares onde moramos, dos cachorros e gato que tivemos, dos parentes e amigos que já se foram. Sinto saudade do meu pai e do meu irmão. Tudo isso são recordações que, vez por outra, tomam conta da minha mente e do meu coração. É uma sólida base amorosa que trago comigo, que me permite ver o tanto que tenho a agradecer, por me sentir amado, querido, e ter vivido tão bons momentos assim. A alegria que está naquela foto não tem preço. A gratidão por ter recebido aquele presente não tem tamanho. Os momentos que passei naquele lugar não têm limites. O amor que sinto por aquela pessoa não tem medida. Não importa se hoje a realidade é outra, porque se acontecimentos bons se vão, novos e bons acontecimentos sempre vem. A vida está sempre em movimento, o dia de ontem já virou passado hoje. A nostalgia só deve acontecer como uma simples recordação, porque o momento que temos para viver é agora. O dia a dia. De nada adianta ficar olhando a foto do amor que terminou, isso não vai trazê-lo de volta. Como também não adianta ficar olhando as mensagens e vídeos de quem está longe, isso só vai aumentar a tristeza. Cultivar a saudade em demasia, pode te fazer muito mal. É preciso ser amigo do tempo e perceber que, na nossa jornada, tudo acontece no momento certo. Pessoas se vão, mas sempre haverá alguém a quem amar. Sempre haverá um lugar interessante para se descobrir. Ou um presente inesquecível para ganhar. E, assim, mais uma vez, novas recordações aparecem, fazendo do nosso coração uma caixinha de surpresa e de saudade. O tempo sempre há de passar, mas os momentos especiais, esses, haverão de ficar para sempre conosco. A saudade é a certeza de que um dia fomos felizes. E poderemos encontrar essa felicidade toda novamente, talvez com outras pessoas, em outros lugares, mas sempre sob o olhar atento e carinhoso de Deus.
domingo, 2 de julho de 2017
ALTOS E BAIXOS
A vida é cheia de altos e baixos. Uns com 1.90cm, outros com 1.50cm. Se você pensa que é fácil estar fora da estatura média, está muito enganado. Quem é muito alto, por exemplo, costuma passar por situações ridículas ou constrangedoras: é difícil arrumar uma cama que caiba todo o corpinho, é uma luta pra tomar banho no chuveiro sem ficar encolhido, é preciso ficar curvado dentro do ônibus, roupas e sapatos sempre ficam pequenos, na hora de dirigir o espaço é apertado para as pernas, tem que aguentar ser chamado de girafa, atrapalha os que estão atrás quando vai ao cinema, precisa aturar todo mundo dizendo que devia ser jogador de basquete, muitos procuram um amor que tenha a mesma altura para não fazer um par ridículo nas ruas, são sempre chamados para trocar lâmpada ou pegar algo na prateleira de cima, têm que se curvar para olharem nos olhos da maioria das pessoas, precisam se alimentar bem ou fazer musculação para não ficarem parecidos com uma vara de pescar, sempre chamam a atenção mesmo que não queiram, precisam se ajustar ao tamanho do seu amor na hora do sexo, servem como ponto de referência em qualquer lugar, têm um ponto de visão diferente dos demais. Já os baixinhos, podem ser pequenos mas seus problemas também são grandes: só encontram roupa para o seu tamanho na seção infantil, não conseguem apertar a campainha dentro do ônibus, precisam subir numa escada ou num banco para pegarem coisas na prateleira, têm que virar a cabeça para cima para falar com alguém, se sentem ridículos sendo praticamente do tamanho de uma criança, sentem dificuldade para se impor, têm medo de apanhar quando entram numa discussão, enxergam o mundo de uma perceptiva de baixo para cima – como se fossem submissos, preferem namorar alguém da sua altura para não fazer um par ridículo nas ruas, precisam aturar ser chamado de pintor de rodapé, anãozinho ou smurf, têm dificuldades para apertar o botão do elevador, na hora de dirigir precisam chegar o banco bem pra frente e ainda colocar uma almofada no assento, precisam se ajustar ao tamanho do seu amor na hora do sexo, quase são atropelados pelos pedestres nas calçadas, sentem dificuldade em serem vistos como adultos, não são bons para praticar muitos esportes, numa sessão de cinema têm problemas para assistirem ao filme porque sempre tem alguém maior na frente, usam sapatos com sola ou salto altos para parecerem maiores, precisam cuidar bem da autoestima para não se sentirem por baixo. Infelizmente, quem é diferente, ainda é discriminado, alvo de piadinhas e gozações. Precisamos rever nossas ideias e conceitos, para que cada um seja visto como pessoa, não como um estereótipo. Só o amor e o respeito podem trazer uma dignidade sem tamanho para quem é muito alto ou muito baixo. Pense nisso. Vai ser bom para todos nós porque ser diferente é ser normal. Abaixo o preconceito!
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