domingo, 2 de julho de 2017

ALTOS E BAIXOS

A vida é cheia de altos e baixos. Uns com 1.90cm, outros com 1.50cm. Se você pensa que é fácil estar fora da estatura média, está muito enganado. Quem é muito alto, por exemplo, costuma passar por situações ridículas ou constrangedoras: é difícil arrumar uma cama que caiba todo o corpinho, é uma luta pra tomar banho no chuveiro sem ficar encolhido, é preciso ficar curvado dentro do ônibus, roupas e sapatos sempre ficam pequenos, na hora de dirigir o espaço é apertado para as pernas, tem que aguentar ser chamado de girafa, atrapalha os que estão atrás quando vai ao cinema, precisa aturar todo mundo dizendo que devia ser jogador de basquete, muitos procuram um amor que tenha a mesma altura para não fazer um par ridículo nas ruas, são sempre chamados para trocar lâmpada ou pegar algo na prateleira de cima, têm que se curvar para olharem nos olhos da maioria das pessoas, precisam se alimentar bem ou fazer musculação para não ficarem parecidos com uma vara de pescar, sempre chamam a atenção mesmo que não queiram, precisam se ajustar ao tamanho do seu amor na hora do sexo, servem como ponto de referência em qualquer lugar, têm um ponto de visão diferente dos demais. Já os baixinhos, podem ser pequenos mas seus problemas também são grandes: só encontram roupa para o seu tamanho na seção infantil, não conseguem apertar a campainha dentro do ônibus, precisam subir numa escada ou num banco para pegarem coisas na prateleira, têm que virar a cabeça para cima para falar com alguém, se sentem ridículos sendo praticamente do tamanho de uma criança, sentem dificuldade para se impor, têm medo de apanhar quando entram numa discussão, enxergam o mundo de uma perceptiva de baixo para cima – como se fossem submissos, preferem namorar alguém da sua altura para não fazer um par ridículo nas ruas, precisam aturar ser chamado de pintor de rodapé, anãozinho ou smurf, têm dificuldades para apertar o botão do elevador, na hora de dirigir precisam chegar o banco bem pra frente e ainda colocar uma almofada no assento, precisam se ajustar ao tamanho do seu amor na hora do sexo, quase são atropelados pelos pedestres nas calçadas, sentem dificuldade em serem vistos como adultos, não são bons para praticar muitos esportes, numa sessão de cinema têm problemas para assistirem ao filme porque sempre tem alguém maior na frente, usam sapatos com sola ou salto altos para parecerem maiores, precisam cuidar bem da autoestima para não se sentirem por baixo. Infelizmente, quem é diferente, ainda é discriminado, alvo de piadinhas e gozações. Precisamos rever nossas ideias e conceitos, para que cada um seja visto como pessoa, não como um estereótipo. Só o amor e o respeito podem trazer uma dignidade sem tamanho para quem é muito alto ou muito baixo. Pense nisso. Vai ser bom para todos nós porque ser diferente é ser normal. Abaixo o preconceito!

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