Acabei de ler um livro sobre a filosofia oriental, que me trouxe muitos conhecimentos novos, Zen – A arte de viver com simplicidade. Uma das preciosas lições que aprendi foi a de ser inteiro em tudo o que fizer.
Para os japoneses, a refeição é um momento de agradecimento. Eles se concentram por inteiro no ato de comer, saborear o alimento com calma, sentir a delícia do paladar. Nada de jantar e ver televisão ao mesmo tempo, por exemplo. É preciso que mente, corpo e espírito estejam unidos numa só tarefa, para que ela seja bem realizada e dê bons resultados.
Quando escrevo os meus textos, preciso me isolar. Esqueço tudo o que existe no mundo de fora: o celular, a televisão, as contas pra pagar, as obrigações do dia a dia. No silêncio do meu quarto, só existem eu e a tela do notebook. É como se o mundo parasse, e naquele momento nada mais tivesse importância: a minha atenção, a minha mente e o meu coração estão unidos para buscar inspiração em formas de palavras, para o que eu vier a escrever seja bacana, tenha uma mensagem que acrescente na vida do leitor e, claro, seja um texto gostoso de ser lido. O meu maior presente são os comentários cheios de gratidão que recebo e a certeza de que as minhas linhas tocaram o coração de alguém que, mesmo distante, esteve juntinho de mim, naquele momento da leitura. É por isso que eu gosto tanto do que faço. Escrevo quando estou alegre e feliz, mas também quando estou triste, gripado, cansado ou preocupado. O meu encontro com o leitor é sagrado. É onde me coloco por inteiro, uma espécie de terapia que só me faz bem, porque me dá um prazer e uma satisfação incríveis, realizar com amor algo que gosto tanto. Obrigado a você, que lê as minhas crônicas toda semana. O nosso encontro será sempre um momento bacana, de paz, alegria e cumplicidade, para que a vida da gente seja mais interessante e feliz.
Por isso, da próxima vez que for realizar uma tarefa, seja ela qual for, procure dar toda a sua atenção, para extrair daquele momento o máximo de proveito, ao colocar o seu espírito e o seu corpo em comunhão. Quando estiver conversando com alguém, ouça cuidadosamente e carinhosamente cada palavra. Perceba o tom de voz. Note os gestos. Repare a fisionomia do rosto e do corpo. Tudo isso irá fazer com que a comunicação seja mais clara, a mensagem mais verdadeira, o encontro mais íntimo e cheio de cumplicidade. Quando for rezar, preste atenção em cada palavra da oração, esvazie a mente e pense somente em Jesus. Quando for abraçar, se entregue por inteiro, sinta a maravilha que é o calor e o coração de alguém tão querido juntinho de você. Quando for trabalhar, foque em dar o melhor de si, descubra o prazer de fazer algo bem-feito, com dedicação e amor. Quando acordar, agradeça a Deus pelo privilégio de viver mais um dia, pela bênção que é poder respirar, tocar, olhar, sentir, trabalhar, rir, amar. Quando estiver triste, procure ver que, apesar de todos os seus problemas e medos, você tem muito mais a agradecer, porque toda situação difícil há de passar e a vida sempre traz momentos maravilhosos para quem se entrega por inteiro a praticar o bem.
Acho que o grande segredo é este. Seja inteiro com você mesmo e com os outros. Seja inteiro com Jesus. O céu sempre haverá de proteger e iluminar um espírito elevado. Quando a nossa alma está em comunhão com Deus, a nossa vida se transforma em paz e gratidão.
Obrigado por ter estado inteiramente comigo ao ler este texto com toda atenção. Valeu mesmo meu querido leitor, minha querida leitora.
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